O Serviço de Receita Federal dos Estados Unidos (IRS, na sigla em inglês) anunciou que igrejas podem apoiar candidatos políticos sem que isso comprometa sua isenção fiscal. As informações são da CNBC.
A medida representa uma mudança significativa na interpretação da Emenda Johnson, uma regra vigente há sete décadas que proibia organizações sem fins lucrativos, incluindo igrejas, de se envolverem em campanhas eleitorais sob risco de perder benefícios fiscais.
Segundo o IRS, comunicações feitas por casas de culto à sua congregação, por meio dos canais habituais e em conexão com serviços religiosos, não configuram participação ou intervenção em campanhas políticas, desde que abordem temas eleitorais sob a perspectiva da fé religiosa.
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A decisão abre espaço para que líderes religiosos expressem suas opiniões políticas durante cultos e eventos religiosos, sem receio de sanções fiscais.
O IRS ressaltou que o discurso deve ocorrer de boa-fé e estar alinhado com a missão religiosa da instituição, distinguindo-se de uma campanha política tradicional.
Essa mudança pode impactar significativamente o cenário político americano, ampliando a influência das igrejas em debates eleitorais e mobilizações de fiéis. Até agora, a Emenda Johnson limitava a atuação política dessas entidades, mantendo-as afastadas de apoios explícitos a candidatos.