Sabotar significa bloquear, dificultar ou ainda prejudicar uma ação ou atividade. A autossabotagem caracteriza-se como uma ação contra si próprio onde o sujeito cria obstáculos, utiliza pensamentos disfuncionais e problemas que impedem o florescimento natural do curso de ações necessárias ao alcance dos objetivos firmados.
Muito embora seja um comportamento frequente em nossas vidas, passam, invariavelmente, sem serem percebidos ao nível consciente, atingindo variados graus de impacto na esfera afetiva, pessoal, profissional entre outros aspectos da experiência humana destacando que, ter a consciência de tais comportamentos se faz necessário para o processo de mudança com seus consequentes benefícios.
Costumeiramente o autossabotador desiste de seus objetivos pois não acredita na possibilidade real de eficácia do resultado. A autossabotagem aqui se manifesta na maioria das vezes de forma inconsciente conforme já mencionado, com comportamentos autopunitivos e empecilhos criados através dos pensamentos negativos os quais impõem dificuldades na realização dos desejos.
A procrastinação é um dos eventos mais comuns em tal comportamento funciona como uma defesa diante da incapacidade criada por tal disfuncionalidade do pensamento. Nesta situação o sujeito sempre vai criando desculpas para abandonar seus sonhos, seus projetos e este ciclo vai se tornando demasiadamente tóxico e constante durante a experiência da vida. Em função deste círculo vicioso ocorre a eterna frustração da não realização de seus mais profundos desejos e consequentemente desenvolve, em muitos casos, doenças como depressão, ansiedade, fobias, ideação suicida entre outros.
Entre os principais sinais encontramos um olhar negativo para a vida, a descrença que boas coisas podem acontecer no caminho, a procrastinação faz parte do circuito onde todos os passos importantes ficam para depois, querer sempre dar conta de tudo não permitindo a delegação de tarefas, vitimização por ter sobrecarga de responsabilidade e falta de tempo além de um medo incontrolável e paralisante de errar o que impede a maioria das ações para uma vida plena e feliz.
Aprender a enfrentar este comportamento nocivo e inimigo da felicidade se faz necessário através de ações pontuais tais como a identificação da situação disfuncional e os gatilhos que disparam tais atitudes comportamentais, o auxílio da psicoterapia chancelando uma busca eficaz desta mudança, dar um sentido positivo com fé e esperança na vida, tratar os desafios da vida com humor, praticidade e auto estima e principalmente traçar um projeto de vida que inclui autoconhecimento, permitindo, desta forma, um estilo de vida mais feliz e afetivamente mais saudável onde se assume o curso e a responsabilidade com alegria e confiança em si mesmo.