Antônio Campos anuncia homenageados durante a Fliporto Portugal 2025
O curador geral e coordenador da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto),
Antônio Campos, anunciou que a próxima edição internacional do evento literário terá lugar
em Aveiro, Portugal, durante a Aveiro Tech Week, que acontece em outubro. A festa decorre
durante o “Brasil Tech Days”, iniciativa do Porto Digital Europa.

Durante o evento, o Livro Geral do Poeta Carlos Pena Filho terá uma edição portuguesa por um
dos selos do Grupo Novembro, devendo ser lançado durante a Fliporto Portugal, em Aveiro, e
na Fliporto Brasil, em Recife, em novembro deste ano, quando o evento celebra 20 anos. Além
disso, a Fliporto 2025 irá homenagear outro poeta, Miró da Muribeca, reforçando o seu papel
como ponte entre o Brasil e o mundo Ibérico.
Família do compositor português no Brasil faz homenagem póstuma ao lançar livro inédito
escrito em 2010
O livro “Quintais do meu subúrbio”, do poeta, cronista, letrista, compositor e cantor português, Alcino Correia Ferreira, conhecido no meio musical brasileiro como “Ratinho”, foi lançado nos últimos dias, na “Toca do Rato”, Rio de Janeiro, Brasil, fruto de uma iniciativa promovida, em tom de homenagem póstuma, pela família do compositor. O evento contou com uma Roda de Samba que reuniu diversas personalidades da música. A obra de 200 páginas resgata memórias de infância e adolescência de Alcino, que chegou de Portugal, juntamente com os pais, aos quatro anos de idade para viver no Brasil.

Ratinho nasceu em Armamar, distrito de Viseu, Portugal, em 1948, e faleceu aos 62 anos, em 2010, no Rio de Janeiro. Nunca chegou a rever a terra natal. Considerado por especialistas um dos maiores compositores da Música Popular Brasileira (MPB), Ratinho foi celebrado em vida pelas suas marcantes composições no mundo do samba, como “Moça bonita não paga”, cantada no Carnaval de 1982, que levou a escola Caprichosos de Pilares ao primeiro lugar do Grupo 1B. Ao lado de Monarco, Alcino Correia é compositor de “Coração em Desalinho” e “Vai Vadiar”, canções eternizadas na voz de Zeca Pagodinho.
O evento contou com diversas presenças de vulto, como Abel Luiz, famoso multi- instrumentista, arranjador, compositor, produtor e diretor musical brasileiro; Carlos Eduardo Drummond, escritor e compositor brasileiro; membros da escola de samba Portela; Carlos Monte, pai da cantora Marisa Monte, entre outros. Claúdia Pamplona, presidente da Obra Portuguesa de Assistência do Rio de Janeiro, esteve presente no evento em representação da comunidade luso-brasileira.
Ratinho escreveu, em 1993, o livro “Duas Faces – Fases”, coletânea de poemas, pensamentos, crónicas e pensamentos. Em 2004, inaugurou a “Toca do Rato”, onde reuniu, ao longo do tempo, diversos nomes do samba, além de ser cenário de composição de grandes canções que ganharam o Brasil e o mundo. Em 2007, realizava o sonho de lançar o seu primeiro CD: “O Rato sai da Toca”. Em 2010, escreveu o livro “Quintais do meu subúrbio”, lançado agora, em homenagem póstuma, pela sua família.
Em 2024, foi um dos capítulos do livro “Luso-Brasilidade Musical – A influência da música na ligação Brasil e Portugal”, sendo homenageado postumamente nas instalações do Palácio São Clemente, no Rio de Janeiro, residência oficial da Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, e diante de autoridades, como o deputado luso-brasileiro Flávio Martins, e Gabriela de Albergaria, cônsul portuguesa na cidade maravilhosa.
Nessa mesma ocasião, Priscila e Denize, respetivamente filha e viúva de Ratinho, receberam um diploma da Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina pelos serviços prestados em prol da cultura e das relações entre os dois países.
“O Turismo de Portugal mantém uma presença ativa no Brasil”
“O turismo continua a afirmar-se como um dos principais motores da economia portuguesa”. É o que afirma Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo de Portugal, que avança que, “atualmente, o turismo em Portugal tem vindo a expandir-se para além dos destinos tradicionais”, tendo apresentado “um crescimento significativo em regiões como o Porto e Norte, Centro de Portugal, Alentejo e Açores”.

No caso do Brasil, Pedro Machado avança que os números de 2024 evidenciam o sucesso da estratégia que tem vindo a ser seguida na abordagem a este mercado, como o aumento das receitas turísticas que aumentaram 7,9%, o número de passageiros desembarcados cresceu 6,0%, com o volume de compras com cartões bancários a subir 9,5%.
Machado avalia que estes resultados tornam o mercado brasileiro um dos mercados de atuação prioritária.
Instituto cria guia com orientações para exportadores brasileiros exportarem para Portugal
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial do Brasil lançou o “Guia de Propriedade Intelectual para Exportadores” dedicado a Portugal. O volume de 29 páginas contém informações para auxiliar os exportadores a terem entendimento da legislação de Portugal e de diversos países sobre Propriedade Intelectual.
A obra está organizada pelos temas que mais preocupam os interessados em tirar dúvidas sobre a questão, como marcas, patentes, desenhos industriais, indicações geográficas, novas variedades vegetais e direitos de autor.
Os criadores ressaltam que o objetivo “é fornecer informações importantes e de fácil compreensão”.
O guia em PDF relativo a Portugal pode ser consultado no site do governo brasileiro em: www.gov.br
Depois basta procurar por: INPI
Imigrantes assumem “protagonismo” nos projetos da incubadora “Sheree” em Lisboa
A Sheree – The Startup Place, incubadora com sede em Lisboa, tem-se destacado no desenvolvimento do empreendedorismo em Portugal. Com foco particular nos jovens e nos imigrantes, a Sheree aposta no potencial desses públicos, “frequentemente subestimados como motores de crescimento económico no país”. Os luso-brasileiros constam na lista de público atendido pela incubadora.
Segundo os seus responsáveis, a Sheree foca na capacitação de jovens portugueses e estrangeiros residentes no país, ajudando-os a criar os seus próprios negócios, com o intuito de promover e dar condições para que os cidadãos portugueses e estrangeiros possam contribuir ativamente para o desenvolvimento da economia local através do apoio ao empreendedorismo sustentável e escalonável.
Ao contrário do que acontece frequentemente no mercado, onde o talento imigrante nem sempre é reconhecido como um motor económico, a Sheree, segundo os seus responsáveis, vê nos imigrantes uma oportunidade para inovação e crescimento.
Ígor Lopes
Jornalista, Escritor e Social Media entre Brasil e Portugal
CEO da Agência Incomparáveis
Igor.lopes@agenciaincomparaveis.com