Dia de caos em Portugal motivado por apagão

Na última segunda-feira, 28 de abril, Portugal enfrentou um dos maiores apagões da sua história recente, com uma falha elétrica que afetou todo o território continental e grande parte da vizinha Espanha. O corte de energia, iniciado por volta das 11h30, paralisou infraestruturas críticas, causou prejuízos económicos significativos e expôs vulnerabilidades na rede elétrica ibérica. Os serviços essenciais foram comprometidos. Hospitais recorreram a geradores a gasóleo para manter serviços mínimos, com suspensões de consultas e cirurgias programadas. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ativou o plano de contingência e suspendeu toda a atividade programada às 14h00. As forças de segurança e emergência operaram com limitações, com polícias a controlar manualmente o trânsito devido à falha dos semáforos. Aeroportos, como o de Lisboa, encerraram temporariamente, reabrindo com restrições após as 21h00. O abastecimento de água foi interrompido em várias regiões, levando a Águas de Portugal a apelar à contenção no consumo. Autoridades estimam um grande “impacto económico e no comércio”. O país espera voltar à normalidade nas próximas horas.
Durante viagem a Suíça, empresário luso-brasileiro estudou possibilidades do
empreendedorismo no país

As relações comerciais entre Portugal e a Suíça têm vindo a fortalecer-se ao longo dos anos,
impulsionadas por setores estratégicos como a tecnologia, a indústria farmacêutica, a
inovação e os serviços financeiros. Com um ambiente de negócios dinâmico e um regime fiscal
atrativo, a Suíça apresenta-se como um destino privilegiado para empresas e empreendedores
portugueses que procuram expandir as suas operações além-fronteiras. No entanto, para
garantir uma internacionalização segura e eficaz, especialistas defendem ser “essencial” contar
com o suporte de profissionais especializados, nomeadamente na área do direito, que possam
orientar as empresas nas questões regulatórias, fiscais e jurídicas que envolvem o mercado
suíço.
Fontes consultadas pela nossa reportagem garantem que profissionais experientes envolvidos
no processo são “fundamentais” para identificar as melhores soluções jurídicas, ajudando
empresários a navegarem pelas diferenças legislativas entre os dois países, seja na criação de
empresas, na proteção de investimentos, no cumprimento de normas de Compliance ou na
obtenção de vistos e autorizações de residência para profissionais e investidores.
Um dos movimentos mais realizados entre empresários portugueses e suíços, hoje, é a
exploração das oportunidades de negócio entre os dois países. Luíz Eduardo Cucci Gayoso
Fernandes tem 36 anos de idade, é advogado e atua em áreas, como direito de empresa e
imigração, com foco na internacionalização de empresas, investimentos estrangeiros e
governamentais. Vive em Lisboa, Portugal, de onde exerce funções com um olhar voltado para
o mundo, tendo a Suíça como destino frequente. Hoje, Luíz atua como advogado e consultor
especializado em direito empresarial e imigração. Tem a sua atividade centrada em abranger a
assessoria a investidores e empresas interessadas em estabelecer ou expandir operações a
nível europeu, incluindo a constituição societária, regulação, implementação de soluções
tecnológicas para empresas e a orientação sobre os regimes de incentivos.
No ano passado, esteve no país, no mês de junho, com motivações empresariais, com o intuito
de promover uma melhor interação entre o mercado português e o suíço.
“A viagem foi impulsionada pela procura de novas oportunidades estratégicas e pela
necessidade de compreender, de forma aprofundada, os ambientes de negócios de referência
no país. O interesse reside em analisar como as estruturas jurídicas, fiscais e imigratórias da
Suíça – reconhecidas pela estabilidade e eficiência funcionam e como posso ajudar as pessoas
a investirem e a usufruírem ao terem empresa aberta na Suíça ou alguma filial”, disse Luíz
Fernandes.
A visita de negócios passou por cidade, como Zurique, Genebra, Lausanne e Luzerna, onde este
responsável teve a oportunidade de conversar com comerciantes, investidores e colegas de
profissão para “entender melhor o perfil dos suíços para as compras e investimentos, bem
como os benefícios fiscais e investimentos que o público investidor pode usufruir”. Luíz
recorda que, nesta deslocação à Suíça, não teve contacto com portugueses, “porém, sei que há
uma grande comunidade, que eu gostaria de poder ajudar”.
“A Suíça chamou-me a atenção profissional pela sua reputação internacional em termos de
estabilidade jurídica, transparência fiscal e governança de alto nível”, revelou este advogado,
que considera “o sistema descentralizado, o que confere autonomia aos cantões e representa
um cenário privilegiado para a implementação de estratégias empresariais e imigratórias
eficazes”.
Especialista afirma que operações financeiras na Internet exigem “responsabilidade e
literacia financeira”

O mercado financeiro ‘online’ está em forte expansão na Europa, com mais de 17 milhões de
“traders” ativos e um aumento de 240% nas transações desde 2019. Em Portugal, o número de
investidores particulares triplicou na bolsa de Lisboa, o que mostra uma crescente adesão ao
investimento digital. No entanto, especialistas alertam que, apesar do fácil acesso, “investir
‘online’ exige preparação, conhecimento e responsabilidade”.
“Antes de operar, é essencial verificar a legalidade da corretora, entender os produtos
financeiros e saber gerir riscos”, explicou Jacsson Santos, sócio e um dos rostos principais da
TradeStars, empresa que se destaca por ser uma plataforma de educação e transformação
digital com foco no mercado financeiro, presente em mais de 40 países.
Este empresário defende que são necessários diversos conhecimentos e formações para
capacitar as pessoas a operaram no “trading”.
“Eventos formativos para os brasileiros residentes na Europa, sobretudo em Portugal, são
oportunidades-chave para capacitar novos investidores, promovendo decisões conscientes e
evitando armadilhas comuns do “trading” digital”, frisou Jacsson Santos, que garante que a
TradeStars “atua no setor de educação financeira, e não realiza captação de capital de
terceiros” e que “todo o conteúdo do evento ‘on-line’ visa ensinar as pessoas a operar por
conta própria, com responsabilidade”.
“Durante o evento, falamos abertamente sobre os riscos e complexidades de investir ‘on-line’,
além de ensinarmos gestão, controlo emocional e simulação antes do capital real. Também
explicaremos o que não fazer, para evitar armadilhas comuns do mercado”, disse.
“Literacia financeira”
Sobre a contribuição do evento para a literacia financeira do público presente, Jacsson Santos
revela que “traduzimos conceitos complexos para uma linguagem simples, falamos de
educação financeira prática, com passo a passo realista para pessoas comuns, algo que ainda é
raro em plataformas tradicionais”.
O sócio da TradeStars confirma, ainda, que esta iniciativa funciona também como forma de
combater a desconfiança sobre investimentos digitais “com operações reais, resultados ao
vivo, depoimentos de alunos e dados concretos, além de uma metodologia com começo, meio
e fim. Nada de promessas vazias”.
“Mostramos que não existe fórmula mágica. Mas existe sim um método. Um caminho seguro,
com gestão de risco, disciplina e constância. O evento é só o primeiro passo. O mercado é para
quem respeita o processo”, mencionou Jacsson Santos, ao destacar que, depois do evento,
será criada uma “comunidade exclusiva, com mentoria, desafios em grupo, eventos ao vivo e
continuidade formativa”.
CEO da KEEPTALENT Portugal promove transformação cultural das organizações em países
africanos

“Acreditamos que o futuro dos negócios na lusofonia é sobre mais do que apenas desempenho
financeiro; trata-se de construir culturas organizacionais que incentivem a inovação e a
agilidade”. São esses pontos que Pedro Ramos, CEO da KEEPTALENT Portugal, defende em
relação ao processo de transformação cultural das organizações na lusofonia que este
profissional está a liderar em países como Cabo Verde, Angola e Moçambique.
Ramos considera que, nesses cenários geográficos, é preciso “não apenas implementar
mudanças imediatas, mas também cultivar uma mentalidade organizacional que priorize a
diversidade e a experiência do cliente como pilares centrais da estratégia”. O objetivo é que as
empresas possam “adaptar-se melhor às exigências do mercado, destacando-se num ambiente
competitivo em constante evolução e consolidando a sua posição como líderes no sector”.
Apesar do desafio da escassez de lideranças nessas zonas, este responsável, especialista em
gestão das pessoas nos países de língua portuguesa, refere ser necessário “desenvolver as
competências de liderança que respondam a estas novas necessidades”, utilizando
“metodologias de cocriação”. Contudo, Ramos reconhece que existem resistências à mudança
no ambiente organizacional na África Lusófona. Uma das apostas nessa mudança recai nas
novas tecnologias e nos jovens, mais “abertos” às novas ferramentas digitais e à inovação.
Portugal: Universidade Aberta com inscrições para o ano letivo 2025/2026

A Universidade Aberta (UAb), única instituição de ensino superior público português a
distância, fundada em 1988, abriu candidaturas para o ano letivo 2025/2026 com cursos de
licenciatura em diversas áreas de conhecimento, como Ambiente, Ciências Sociais, Educação,
Humanidades, Informática, Línguas, História e Matemática.
Segundo apurámos, conforme a modalidade de acesso, há uma data específica para matrícula.
Até 6 de maio, com provas: “Acesso Específico e Maiores de 23”. De 13 de maio a 17 de junho,
sem provas: “Acesso Direto, Reingresso, Regime de Unidades Curriculares Isoladas e Mudança
de Par Instituição/Curso”.
Os cursos, de acordo com “Modelo Pedagógico Virtual” da UAb, são ministrados online, de
forma assíncrona, com aulas gravadas e disponibilizadas online.
Saiba mais em: https://portal.uab.pt/7
Governo português anuncia que o Rio de Janeiro integra a lista de cidades que receberão “Espaço do Cidadão”

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, anunciou a abertura de novos espaços do
cidadão em dez consulados.
“Eu tenho hoje o privilégio de poder partilhar a nossa decisão que vai ser consumada muito
brevemente de abertura de novos espaços do cidadão em dez consulados”, anunciou.
Esses espaços, detalhou o primeiro-ministro, serão abertos nos consulados de Portugal em
Berlim, Luxemburgo, Genebra, Zurique, Madrid, Barcelona, Luanda, Boston, Toronto e Rio de
Janeiro.
“A partir destes espaços os cidadãos portugueses – e outros cidadãos que não sendo
portugueses precisam de contactar com a administração pública portuguesa –
terão uma porta aberta mais ágil para poder interagir com os nossos serviços”, disse Luís
Montenegro.
Acupuntura: terapêutica é aliada no combate aos problemas de saúde durante a Primavera
em Portugal

Com os dias de primavera em algumas cidades de Portugal, os termómetros registam
variações na temperatura, quando há uma crescente procura aos serviços de saúde e bem-
estar para o combate a uma série de doenças.
Os problemas mais constatados por especialistas são as inflamações respiratórias e as
questões cardiovasculares, além da saúde mental, como o stress e a ansiedade. E, para evitar
complicações durante esse período, os profissionais da área aconselham precauções.
“Já é prática comum nos consultórios médicos o paciente receber orientação para manter a
hidratação, alimentar-se adequadamente consumindo frutas e verduras e evitar ambientes
fechados”, frisou Sofia Lourenço, responsável pela Clinibeira, clínica de saúde e bem-estar com
sede em Castelo Branco, região Centro de Portugal.
“Aqui em Castelo Branco temos vistas lindas da natureza, portanto, um convite às caminhadas
e, desse modo, manter o corpo ativo e também o sistema respiratório funcionando de modo
saudável é importante”, destacou a especialista, que ressaltou, inclusive, que a acupuntura é
um dos procedimentos mais eficazes à saúde e equilíbrio do corpo, sendo considerada uma
“aliada para combater os problemas provocados pelos desafios impostos por esta época do
ano”.
E por ser uma prática terapêutica, a acupuntura “é também indicada para diversos sintomas
físicos e mentais; alivia as dores e também fortalece a imunidade, reduz inflamações, além de
melhorar o bem-estar durante a primavera”, explicou a acupunturista.
Com diversas formações no seu currículo, além da Acupuntura, a Medicina Ortomolecular, a
Fitoterapia e a Nutrição Funcional, Sofia Lourenço é também presidente da Associação Mais
Lusofonia, onde promove a cultura, a solidariedade e um estilo de vida saudável.
Recorde-se que a acupuntura é uma prática milenar que consiste na aplicação de agulhas em
várias regiões do corpo. De origem chinesa e conforme registos divulgados por pesquisadores,
tem mais de cinco mil anos de existência.
Procura por habitação em Portugal é liderada por estrangeiros

A procura por casas para comprar ou arrendar em Portugal cresceu nos últimos anos entre os
estrangeiros fora da União Europeia (EU), com 54% para comprar casa e 63,8% para arrendar.
Há também, entre os mais destacados, o fluxo de brasileiros e norte-americanos em busca de
moradia em 15 grandes cidades. Mas há, nessa necessidade de encontrar uma nova vida em
Portugal, uma barreira: os altos preços dos imóveis.
Os dados foram divulgados num relatório elaborado pelo Idealista, tendo como base fevereiro
deste ano, com dados ampliados do crescimento pela procura de habitação por pessoas que
vivem fora da UE e também por estrangeiros que visam as capitais de distrito e regiões
autónomas.
Ponta Delgada, a maior cidade dos Açores, com um pouco mais de 67 mil habitantes, é a
preferida por 70% dos “estrangeiros interessados em comprar casa fora da Europa”. Em Braga,
Coimbra e Viseu, mais de 64% dos visitantes são de fora da UE. Também em Porto e Lisboa, a
maior procura é de outros países da UE, respectivamente com 60,4% e 60,2%. Faro,
Portalegre, Guarda, Viana do Castelo e Bragança recebem a maioria dos interessados de países
da UE.
Com relação à expansão do mercado imobiliário, corresponde às necessidades do “o aumento
da procura por não europeus foi registado em 11 municípios, incluindo Bragança, Porto,
Funchal e Lisboa”.
O especialista em imóveis António Carlos, que lidera uma equipa da Remax na Covilhã,
comentou que esses dados refletem uma necessidade de estrangeiros em busca de melhoria
de vida alinhada à busca por melhores condições de trabalho e investimentos, tanto
financeiros como profissionais.
“Viver em Portugal oferece uma qualidade de vida grande para europeus e cidadãos de outros
países”, disse António Carlos, que, recentemente, conquistou os prémios “Golden e Gold” pela
RE/MAX Portugal pelo seu “desempenho excepcional e liderança no setor”.
Este profissional recordou ainda que o Interior de Portugal tem sido procurado por diversos
estrangeiros, incluindo brasileiros, pela sua qualidade de vida, segurança, habitações com
preços mais acessíveis e pela própria região, que apresenta “características históricas únicas”.
“É por esta razão que trabalho dia a dia com a minha equipa em busca de moradias com
preços mais atrativos e, por isso, pela experiência vivida no mercado imobiliário em Portugal,
que defendo, e já comentei noutras ocasiões, o investimento na região Centro, onde tem as
melhores opções, por ser uma oportunidade financeiramente atrativa e por ter uma vida
cultural enriquecedora”, disse.
Ígor Lopes
Jornalista, Escritor e Social Media entre Brasil e Portugal
CEO da Agência Incomparáveis
Igor.lopes@agenciaincomparaveis.com