Na confluência da tecnologia e da inclusão social, a parceria entre a etech, escola tecnológica da FPFtech, e a Samsung marca um avanço significativo na capacitação da Amazônia para a Indústria 4.0.
Essa colaboração visa preparar mais de 1.500 pessoas para enfrentar os desafios de um mercado em constante transformação, com foco em áreas cruciais como Big Data, Inteligência Artificial, Computação em Nuvem e Automação Industrial. O diferencial desse programa, além da sua abrangência e conteúdo, é a adaptação dos cursos para incluir pessoas com deficiência auditiva, demonstrando um compromisso real com a inclusão social.
A Indústria 4.0 representa uma revolução no modo como as empresas operam, integrando tecnologias avançadas que automatizam processos, otimizam a produção aumentam a eficiência. No entanto, para que essa revolução se concretize, é essencial contar com profissionais capacitados que possam não apenas operar essas novas tecnologias, mas também inovar e liderar a implementação de soluções disruptivas.
É aqui que o programa da Escola Tecnológica da FPFtech, etech, em parceria com a Samsung, se destaca, ao oferecer cursos que abordam desde o desenvolvimento de software até a implementação de sistemas de automação industrial.
Nancy Cavalcante, diretora educacional da etech, explica que os cursos foram minuciosamente projetados para responder às necessidades do mercado regional, que cada vez mais demanda profissionais com conhecimentos específicos em tecnologias emergentes. “Nosso objetivo é preparar a comunidade local para não apenas acompanhar, mas também liderar as inovações que estão moldando o futuro da indústria. Sabemos que a Amazônia possui um enorme potencial, e queremos garantir que a nossa região esteja na vanguarda da transformação digital”.
Para garantir que todos os alunos possam aproveitar ao máximo o conteúdo dos cursos, as aulas são acompanhadas por intérpretes de Libras, proporcionando uma experiência de aprendizado inclusiva e acessível.
A relevância desse programa é reforçada pelo contexto atual em que vivemos. A pandemia acelerou a adoção de tecnologias digitais em todos os setores, e a demanda por profissionais qualificados cresceu exponencialmente. Empresas que não se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de ficarem para trás, e a falta de mão de obra qualificada é um dos maiores obstáculos para a implementação bem-sucedida da Indústria 4.0. Por isso, investir em educação e capacitação profissional não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia crucial para garantir a competitividade no mercado global.
Por fim, a iniciativa reafirma o papel da Amazônia como um polo emergente de inovação tecnológica. Com programas como esse, que aliam educação, inclusão e tecnologia, a região se posiciona como um local estratégico para o desenvolvimento de soluções que podem transformar não apenas o mercado local, mas também influenciar tendências globais.
A educação, nesse contexto, é mais do que um meio para obter conhecimento técnico. É um instrumento de transformação social, que capacita as pessoas a contribuírem para o progresso da sociedade e para a sustentabilidade da floresta amazônica.
Augusto Bernardo Cecílio é Auditor Fiscal e Professor.