Em nossa sociedade movida por padrões e aparências, é cada vez mais comum encontrar pessoas que optam por parecer com simplicidade, mesmo quando têm condições financeiras melhores. A pergunta que fica é: por que esse comportamento tem se tornado cada vez mais recorrente?
O primeiro ponto a ser levantado é a questão da simplicidade. Parecer simples pode representar uma forma de fugir da ostentação e do consumismo desenfreado que permeiam a sociedade atual. Muitas pessoas têm buscado um estilo de vida mais minimalista, valorizando o essencial e abrindo mão de excessos. Nesse sentido, parecer simples se torna uma escolha consciente de priorizar o que realmente importa, em detrimento do supérfluo.
Além disso, a imagem de simplicidade e humildade associada a quem parece simples pode ser vista como uma forma de comunicação não verbal que transmite valores positivos, como humildade, autenticidade e desapego material. Em um mundo onde a vaidade e a busca incessante por status social são muito presentes, ser discreto pode ser uma estratégia para se destacar de forma mais genuína.
Outro ponto a ser considerado é a questão da segurança. Mostrar-se menos abastado financeiramente pode ser uma forma de se proteger de possíveis ameaças, como roubos e sequestros relâmpago. Infelizmente, a desigualdade social e a violência urbana são realidades em muitas cidades, e manter um perfil discreto pode ser uma maneira de se preservar e se manter seguro em determinadas situações.
Além disso, é importante ressaltar que parecer simples não significa necessariamente abrir mão de uma boa qualidade de vida. Muitas pessoas que optam por esse estilo de vida têm condições financeiras confortáveis, mas escolhem investir em experiências significativas, como viagens, cursos e momentos com a família, em vez de bens materiais caros e supérfluos.
Por fim, é válido ressaltar que a escolha de parecer simples deve ser genuína e autêntica, baseada em valores e princípios pessoais, e não em uma tentativa de manipular a percepção alheia de forma artificial. Cada pessoa tem o direito de escolher o estilo de vida que mais condiz com seus valores e objetivos, e se sentir confortável em sua própria pele, sem se preocupar com julgamentos externos.
Em um mundo onde a pressão por parecer bem-sucedido e ter uma imagem de sucesso é constante, a decisão de parecer humilde pode representar um ato de liberdade e autenticidade. Afinal, o verdadeiro sucesso não está naquilo que se possui materialmente, mas nas relações construídas, nas experiências vividas e nos valores que se carrega consigo. E se isso significa parecer pobre aos olhos dos outros, que assim seja. O importante é ser fiel a si mesmo e viver de acordo com o que realmente importa.
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