O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que o ex-policial militar Ronnie Lessa tenha reuniões em uma sala reservada com seu advogado no presídio de Tremembé (SP).
A comunicação, porém, deverá ser monitorada e gravada, conforme a decisão desta segunda-feira (19).
O despacho do ministro vem após petição do advogado de Lessa, Saulo Carvalho, que apontou, na semana passada, que não conseguia contato com o réu e que outros pedidos haviam sido negados pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes.
“Na última quarta-feira (14), após requerimento em audiência para obter conversa em sala reservada com o corréu colaborador premiado Ronnie Lessa, tal pleito foi indeferido sob o fundamento de que violaria a decisão de Vossa Excelência quanto ao monitoramento das comunicações entre advogado-cliente”, dizia o ofício.
O advogado alegou “completa vedação de comunicação” com o cliente e pediu o direito da defesa em comunicar-se com o corréu colaborador.
Ronnie Lessa deve ser ouvido nesta semana no julgamento na Suprema Corte sobre a morte de Marielle e Anderson Gomes. O ex-PM é delator do caso e implicou os supostos mandantes, que estão sendo julgados.
Lessa confessou que matou a vereadora, e consequentemente o motorista, por dinheiro e a mando dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que negam relação com o caso.