Ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, o general e agora deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) é investigado pelas mortes, por falta de oxigênio, em Manaus. A determinação é do relator do inquérito que apura o caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes.
Segundo levantamento do Ministério Público de Contas, 31 pessoas com Covid-19 morreram por falta de oxigênio no sistema de saúde da capital amazonense, nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021.
Um inquérito da Polícia Federal mostra que Eduardo Pazuello foi avisado pelo governador Wilson Lima (União Brasil) sobre a situação do Amazonas cinco dias antes da tragédia, mas ignorou o ofício. O documento alertava para “iminência de esgotamento” do oxigênio e para a “necessidade de resguardar a vida dos pacientes” do estado.
O processo foi incorporado a outro que já tramita no STF e investiga negligências durante o governo Bolsonaro que resultaram na morte de 700 mil pessoas pela pandemia da Covid-19 no Brasil.
A investigação está sendo conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF). Entre os documentos, há também um relatório da Advocacia-Geral da União (AGU) que diz que a gestão Pazuello sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas.