Manaus (AM) – O Presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF) e Deputado Estadual, Ednailson Rozenha, anunciou que as finais do Campeonato Amazonense de Futebol Profissional 2023 terão Árbitro Assistente de Vídeo (VAR). Ele destaca a importância do feito inédito para o futebol local.
“Estamos a pouco mais de três meses na presidência da Federação e, desde o princípio nos propusemos a lutar para modernizar o futebol amazonense e resgatar a credibilidade que nosso esporte necessita. O VAR nas finais do Campeonato Amazonense é um feito inédito e de uma importância grandiosa. Nosso futebol está crescendo e isso é apenas o começo”, garante.
De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2023, somente 14 estados fizeram finais de campeonatos utilizando a tecnologia do VAR. A partida entre Manauara e Amazonas, válida pela ida da final do Barezão, que acontece neste sábado (15), às 15h30, no estádio Carlos Zamith, será a primeira na história, em 107 edições do Amazonense, a contar com a presença do VAR. Rozenha revela a grandiosidade da operação para trazer a tecnologia para o estado.
“O VAR é uma tecnologia de ponta usada em competições mundiais que exige um alto investimento. Além de caro é complexo, somente alguns profissionais são capacitados para operar e exige muitas pessoas envolvidas. Por isso, no Brasil, poucas competições utilizam a tecnologia, mas nós prometemos e aqui estamos para cumprir”, afirmou o mandatário que não mediu esforços para ter o VAR nas finais do Barezão.
No total, serão cerca de 14 profissionais envolvidos, incluindo o suporte responsável pela montagem dos equipamentos e a arbitragem completa, com árbitros de fora do estado e locais que são do quadro nacional. O VAR conta com oito câmeras disponíveis e o custo da operação gira em torno de R$100.000,00 (cem mil reais) por jogo.
O que é e como funciona o VAR
Segundo The International Football Association Board (IFAB), em “Regras do Jogo 22/23”:
•Um árbitro assistente de vídeo (VAR) é um árbitro de partida que possui acesso independente às imagens gravadas da partida, o qual poderá auxiliar o árbitro apenas na eventualidade de um “erro claro e óbvio” ou “incidente grave não percebido” relativo a: gol/não foi gol, pênalti/não foi pênalti, cartão vermelho direto (não o segundo cartão amarelo/advertência), e erro de identificação (quando o árbitro adverte com cartão amarelo – CA ou expulsa – CV o jogador errado da equipe infratora)
•As decisões tomadas pelo árbitro só devem ser mudadas se o vídeo mostrar, claramente, que a decisão – marcando ou não marcando uma suposta infração – foi um “erro claro e óbvio”.
•Apenas o árbitro poderá dar início a uma “revisão”. O VAR (e os outros árbitros da partida) podem apenas recomendar uma “revisão” ao árbitro.
•A decisão final sempre será tomada pelo árbitro, seja com base apenas nas informações do VAR, ou após o próprio árbitro realizar “revisão no campo de jogo” (OFR).
•Não há restrição de tempo para o processo de revisão. A precisão é mais importante do que a velocidade.
•Os jogadores e os demais árbitros da partida não devem “cercar” o árbitro ou tentar influenciá-lo, nem para fazer uma revisão, tão pouco no processo de revisão ou na decisão final.
*Com informações da assessoria