O dólar fechou a sexta-feira em alta no Brasil, pelo segundo dia consecutivo, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, mas ainda assim encerrando a semana com queda acumulada ante o real. Isso à medida que os investidores ajustavam suas posições ao fim de uma semana marcada por decisões de bancos centrais e incertezas geopolíticas.
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,73%, aos R$ 5,717 na compra e na venda. Na semana, porém, a divisa acumulou baixa de 0,51%, na terceira queda semanal consecutiva.
Às 17h04 na B3 o dólar para abril – atualmente o mais líquido no Brasil – subia 0,71%, aos R$ 5,7290.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,717
- Venda: R$ 5,717
Dólar turismo
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- Compra: R$ 5,762
- Venda: R$ 5,942
O que aconteceu com dólar hoje?
Em meio à agenda esvaziada no Brasil, os investidores se voltaram nesta sexta-feira para o exterior, onde o dia foi marcado pelo avanço do dólar ante a maioria das demais divisas.
Por trás do movimento estava a realização de lucros de alguns agentes, após os recuos recentes do dólar, e a cautela antes da chegada de abril, quando os EUA prometem iniciar a cobrança de tarifas comerciais recíprocas sobre produtos de diversos países.
No Brasil, assim como na véspera, o dólar acompanhou o sinal positivo vindo do exterior e voltou a oscilar acima dos R$ 5,70. Após registrar a mínima de R$ 5,6807 (+0,08%) às 9h03, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,7352 (+1,04%) às 12h09. A sessão era de liquidez reduzida, o que contribuía para movimentos mais amplos.
Durante a tarde o dólar perdeu um pouco de força, ainda que tenha se mantido acima dos R$5,70. O resultado acumulado da semana, porém, foi de nova queda.
“Na virada do ano, ninguém imaginava que teríamos um primeiro trimestre tão forte”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em mensagem a clientes, citando o enfraquecimento recente do dólar ao redor do mundo.
“O DXY (índice do dólar) veio daquele pico de 110, para 103, numa desvalorização forte do dólar, uma reversão do ‘Trump trade’, que sem dúvida ajuda o Brasil e todos os emergentes”, avaliou. No ano, o dólar acumula baixa de 7,50% ante o real.