A nova queda da inflação registrada em maio reforça as apostas do mercado financeiro na antecipação do corte dos juros pelo Banco Central (BC), a partir do segundo semestre.
No acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação cedeu para alta de 3,94%, dentro da meta perseguida pelo BC de 3,25% em 2023 — com margem para variar entre 1,75% e 4,75%.
O Comitê Politica Monetária (COPOM) volta a se reunir entre os dias 20 e 21 de junho. O calendário do colegiado conta ainda com cinco reuniões ao longo de 2023, em um intervalo de 45 dias cada.
A CIO do Bradesco Juliana Lahan vê que o novo cenário da inflação abre brecha para cortes começar mais cedo. Isolando o núcleo, Laham ressalta que a variação de preços desacelerou para 6,72% em maio, contra 7,31% em abril, o 12º mês consecutivo de perda de fôlego.
Aparentemente, esses dados, a inflação de longo prazo implícita nas curvas cedendo, começamos a ter espaço para antecipar esse movimento [de corte de juros]. As grandes apostas do mercado, após a divulgação desse número, estão ancoradas em agosto”, afirmou a especialista.
O banco mantém a projeção de que a Selic encerre 2023 em 12,25% ao ano. Desde agosto do ano passado, o BC estacionou os juros em 13,75%, apesar das constantes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de parte dos economistas.
*Com informações CNN BRasil