O clima conturbado entre os pilotos da Fórmula 1 e o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed ben Sulayem, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira, 7, após a GPDA (Associação dos Pilotos da F1) divulgar um comunicado com críticas e cobranças à federação.
Um dos principais temas abordados foi a respeito da recente polêmica sobre o uso de palavrões dos pilotos no rádio e nas entrevistas coletivas. Max Verstappen foi o primeiro a ser punido e precisou fazer serviços comunitários. Charles Leclerc também já foi multado pelo mesma questão.
O texto diz que a FIA deve estar mais disposta a tratar os pilotos como adultos e deixou claro que “há uma diferença entre os palavrões com intenção de insultar os outros e os palavrões mais casuais”. Além disso, o comunicado exige que Ben Sulayem “forneça transparência financeira” para a aplicação do dinheiro das multas.
A Associação dos Pilotos da F1 pediu também que o presidente da FIA “considere seu próprio tom e linguagem ao falar com os membros, ou mesmo sobre eles, seja em um fórum público ou não”.
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Veja abaixo a nota na íntegra:
“Declaração da GPDA sobre ‘Má conduta de pilotos’
Como acontece em todos os esportes, os competidores devem acatar a decisão do júri, quer gostem ou não, quer concordem ou não com ela. É assim que o esporte funciona. Os pilotos (nossos membros) não são diferentes e entendem isso perfeitamente.
Como acontece em todos os esportes, os competidores devem acatar a decisão do júri, quer gostem ou não, quer concordem ou não com ela. É assim que o esporte funciona. Os pilotos (nossos membros) não são diferentes e entendem isso perfeitamente.
Nossos associados são pilotos profissionais que correm na Fórmula 1, o auge do automobilismo internacional. Eles são os gladiadores e, a cada fim de semana de corrida, fazem um grande espetáculo para os fãs.
Com relação aos palavrões, há uma diferença entre os palavrões com intenção de insultar os outros e os palavrões mais casuais, como os que podem ser usados para descrever o mau tempo ou mesmo um objeto inanimado, como um carro de Fórmula 1, ou uma situação de pilotagem.
Pedimos ao presidente da FIA que também considere seu próprio tom e linguagem ao falar com nossos pilotos membros, ou mesmo sobre eles, seja em um fórum público ou não. Além disso, nossos membros são adultos e não precisam receber instruções pela mídia sobre assuntos tão triviais como o uso de joias e cuecas.
A GPDA expressou, em inúmeras ocasiões, sua opinião de que as multas em dinheiro dos pilotos não são apropriadas para o nosso esporte. Nos últimos três anos, pedimos ao presidente da FIA que compartilhasse os detalhes e a estratégia sobre como as multas financeiras da FIA são alocadas e onde os fundos são gastos.
Também transmitimos nossas preocupações sobre a imagem negativa que as multas financeiras trazem para o esporte. Mais uma vez, solicitamos que o presidente da FIA ofereça transparência financeira e um diálogo direto e aberto conosco.
Todas as partes interessadas (FIA, F1, as equipes e a GPDA) devem determinar em conjunto como e onde o dinheiro é gasto para o benefício do nosso esporte.
A GPDA deseja colaborar de forma construtiva com todas as partes interessadas, incluindo o presidente da FIA, para promover nosso grande esporte em benefício de todos que trabalham nele, pagam por ele, assistem a ele e, na verdade, o amam. Estamos fazendo a nossa parte.
Com os melhores cumprimentos,
Os diretores e o presidente da GPDA em nome dos pilotos de Grande Prêmio.
#RacingUnited para nossa segurança, nosso esporte e nossos fãs”.