BRASÍLIA – Presidida pelo líder da bancada do Amazonas, Omar Aziz (PSD-AM), a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado (CTFC) aprovou requerimento de informações a representantes da Petrobras, dos ministérios de Minas e Energia, e de Relações Exteriores para esclarecer pontos sobre a venda da refinaria Landulpho Alves para a Mubadala Capital, um fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos.
A comissão quer investigar se a venda da estrutura por um preço abaixo do avaliado (R$ 1,65 bilhão) tem alguma ligação com o caso das joias que entraram ilegalmente no País como supostos presentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Existem avaliações (do valor de mercado) feitas por instituições independentes de praticamente o dobro do que a refinaria foi efetivamente vendida. Outro ponto é que 14% do refino de petróleo no Brasil é feito por essa refinaria, e hoje importamos gasolina porque não temos condições de refinar. Então a gente exporta o óleo e importa a gasolina e o Brasil perde muito com isso”, explicou o senador Omar Aziz.
O senador também voltou a afirmar que o Brasil deve investigar a fundo a procedência das joias e devolvê-las ao seu local de origem, tendo em vista os fortes indícios de que os itens são fruto de pagamento de propina.
“Não é favor, é obrigação nossa dar transparência e governança, e o que estamos discutindo aqui é que oito vezes se teve uma tentativa de pegar essas joias. É algo bastante estranho a forma como foi conduzida isso, principalmente para um Ministro de Estado (Bento Albuquerque). Por muito menos, pessoas já foram execradas nesse País, então é nosso papel, nós senadores estamos aqui por isso, para dar transparência. Sempre vai haver dúvidas (na gestão de recursos públicos) e a comissão vai estar aberta para esclarecer essas dúvidas independente do Governo que estiver no poder”, completou Aziz.