No cenário industrial do Amazonas, um fenômeno há muito identificado e cada vez mais consolidado ganha corpo e força: a presença feminina em posições estratégicas, operacionais e de liderança. Não se trata apenas de uma tendência, mas de uma transformação irreversível que reforça a necessidade de uma visão sensível, interdisciplinar e interinstitucional na gestão de pessoas e processos.
Protagonismo, o diferencial
A presença da mulher na indústria amazônica não é recente, mas sua ascensão a postos de maior protagonismo tem sido um diferencial cada vez mais evidente. Observações in loco confirmam o que já se intuía: contar com mulheres nas organizações não é apenas uma questão de equidade, mas um fator estratégico que contribui para o aprimoramento da gestão, da inovação e da sustentabilidade empresarial.
A sensibilidade como força motriz
Na Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM), essa transformação é notável. A entidade, que tem papel fundamental na qualificação e desenvolvimento dos profissionais de RH da região, testemunha o impacto positivo da participação feminina em todas as esferas da gestão. A sensibilidade e a capacidade de enxergar os detalhes sem perder a visão do todo são características que tornam essa contribuição decisiva para o acerto das organizações e para a evolução das relações de trabalho. Desde que chegaram às entidades de classe da indústria estas mudaram pra melhor!
Equilíbrio e agregação
Mulheres que atuam na indústria e na gestão de pessoas equilibram as estruturas corporativas, mas também agregam um olhar amplo sobre inclusão, equidade e inovação. A visão política inerente a muitas dessas profissionais, aliada a uma postura que compreende a interdependência entre setores e instituições, fortalece empresas e segmentos inteiros.
A mulher como eixo do progresso e da inclusão
A história mostra que o papel da mulher sempre foi vital, seja na família, na comunidade ou nas instituições. No contexto industrial do Amazonas, elas vêm assumindo funções decisivas para o crescimento econômico e a distribuição justa de oportunidades e direitos. O que antes parecia uma inserção tímida e gradual, hoje se consolida como um movimento robusto e irreversível.
Desafios nos espreitam
Ao longo dos anos, houve avanços significativos em políticas de inclusão feminina no mercado de trabalho, especialmente no setor industrial. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a equidade salarial e a ampliação do acesso a cargos de liderança. A busca pela equanimidade na diferença – ou seja, o reconhecimento das especificidades e potencialidades de cada indivíduo sem que isso signifique desigualdade de oportunidades – é um princípio que precisa ser cada vez mais reforçado.
Um futuro construído com diversidade e partilha
A presença feminina no setor industrial do Amazonas não é apenas um reflexo da modernidade, mas um componente essencial para a inovação e a competitividade das empresas. O olhar atento para as transformações sociais e econômicas aponta que a equidade e a diversidade são pilares fundamentais para um futuro sustentável e próspero.
Decisões acertadas
No dia a dia das indústrias, das entidades de classe e das organizações que compõem o Polo Industrial de Manaus e suas cadeias produtivas, essa presença se materializa em decisões mais acertadas, ambientes de trabalho mais equilibrados e em um desenvolvimento econômico mais humano e inclusivo.
As mulheres chegaram chegando, mudando e evoluindo. E a indústria do Amazonas está mais forte porque busca reconhecer e valorizar essa transformação.
Nelson Azevedo é economista e líder empresarial no setor metalúrgico, metalomecânico e de materiais elétricos de Manaus – SIMMMEM, conselheiro do CIEAM, da CNI e vice-presidente da FIEAM.