Brasil – Denunciado por uma série de crimes contra mulheres e foragido da Justiça brasileira, o empresário Thiago Brennand afirmou em um vídeo publicado na internet que vai voltar ao Brasil para se apresentar às autoridades e que “provavelmente” será preso “injustamente”.
No vídeo de 10 minutos, publicado em um perfil recém-criado no Youtube, Brennand afirma que “obviamente não estuprei ninguém” e faz críticas ao Ministério Público, a advogados que já o defenderam e à cobertura da imprensa em relação às acusações das quais é alvo.
“Eu vou me apresentar. Provalmente, vão me prender injustamente”, diz Brennand, que é acusado de crimes como estupro, cárcere privado, tortura, lesão corporal gravíssima, coação no curso do processo, ameaça e registro não autorizado da intimidade sexual.
A defesa de Brennand, que está foragido há cerca de seis meses nos Emirados Árabes, já havia informado que o cliente tinha a intenção de voltar ao país e se entregar à Polícia Federal.
O advogado Eduardo Cesar Leite solicitou que seja revogado o pedido de prisão preventiva e a exclusão do nome de Brennand da lista de difusão vermelha da Interpol.
Em nota divulgada posteriormente, a defesa afirmou que Brenannd “não está fazendo exigências” e que a data exata do retorno do empresário ao Brasil “está dependendo dos trâmites imigratórios”. A Justiça já emitiu quatro pedidos de prisão contra Thiago Brennand.
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“Ele está imbuído do propósito de respeitar e cumprir as determinações da Justiça, para responder com serenidade às acusações e demonstrar a sua inocência”, afirma a nota. A defesa também afirma que, caso sejam mantidos os pedidos de prisão preventiva, “isso não afetará o seu propósito de retornar ao Brasil e cumprir todo o rito legal”.
Brennand chegou a ser preso em outubro do ano passado, em Abu Dhabi, mas foi solto após pagar fiança e informar endereço fixo.
Pedidos de prisão
A Justiça pediu em 6 de março a prisão preventiva do empresário no processo em que a modelo e estudante de medicina Stefanie Cohen o acusa de estupro. A vítima afirma que a violência sexual ocorreu em outubro de 2021, em um hotel na capital paulista.
O primeiro pedido de prisão se refere à agressão contra a modelo Alliny Helena Gomes, após uma discussão em uma academia na zona oeste paulistana. O ataque foi gravada por câmeras de segurança do local e, após a divulgação do vídeo, outras denúncias contra ele surgiram.
Brennand também teve a prisão decretada por corrupção de menores, por incentivar o filho menor a ofender Alliny, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Outro pedido de prisão foi por ele supostamente obrigar uma mulher a tatuar no próprio corpo as iniciais do nome dele e a manter em cárcere privado. Ainda há também outra acusação de estupro, na cidade de Porto Feliz, no interior paulista.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) afirma que o pedido protocolado pela defesa de Thiago Brennand “está sob análise”.
*Com informações do Metrópoles