O Hamas propôs “diversas mudanças” em sua resposta à proposta de cessar-fogo para Gaza, incluindo pontos “impraticáveis”, segundo o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nesta quarta-feira (12).
Ainda assim, o principal diplomata americano insistiu que os EUA e os mediadores continuarão trabalhando para superar as lacunas entre o grupo armado e Israel.
O Hamas respondeu formalmente na terça-feira (11) a uma proposta de acordo divulgado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
O documento previa cessar-fogo e libertação gradual de reféns israelenses em Gaza em troca de palestinos presos em Israel, o que, em última instância, levaria a um fim permanente da guerra.
“O Hamas poderia ter respondido com uma única palavra: Sim”, disse Blinken em coletiva de imprensa em Doha.
“Em vez disso, o Hamas esperou quase duas semanas e, então, propôs mais mudanças, algumas das quais vão além das posições que ele havia tomado e aceitado anteriormente.”
Um integrante do Hamas disse à Reuters que a resposta reafirmou a posição do grupo de que o cessar-fogo deve levar ao fim permanente das hostilidades em Gaza, à retirada das forças israelenses, à reconstrução do enclave palestino e à libertação dos prisioneiros palestinos em Israel.
Blinken, ainda assim, destacou que algumas das contrapropostas do Hamas eram “viáveis” e que ele acredita que as lacunas que ainda existem entre os dois lados podem ser superadas.
“Nos próximos dias, continuaremos a pressionar com urgência nossos parceiros do Catar e do Egito para tentar fechar esse acordo”, pontuou Blinken.
“Estamos determinados a tentar preencher as lacunas, e acredito que essas brechas podem ser preenchidas. Isso não significa que elas serão superadas porque, novamente, isso depende, em última instância, das pessoas dizerem sim”, acrescentou.
Negociadores dos EUA, do Egito e do Catar tentam há meses mediar um cessar-fogo e libertar os reféns. Acredita-se que mais de 100 pessoas ainda estejam detidas em Gaza.
De acordo com os registros israelenses, mais de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns pelo Hamas em 7 de outubro.
Israel lançou ataque aéreo, terrestre e marítimo contra o território palestino, matando mais de 37 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
Fonte: CNN.