Restam burocracias jurídicas e a assinatura do contrato para o anúncio do novo patrocinador máster do Palmeiras. O negócio com a SportingBet segue como o mais avançado, para um contrato de quatro anos por R$ 100 milhões fixos.
Com as bonificações – em caso de metas esportivas como títulos – esse valor pode ultrapassar a marca de R$ 150 milhões em uma temporada.
O acordo também prevê o aumento do valor fixo com base nas taxas de inflação do Brasil ao longo dos anos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, acumulado até o início de novembro de 2024 é de 3,88%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 8 deste mês.
A ausência na correção de valores vinha sendo uma das principais críticas sobre o contrato de patrocínio da Crefisa e FAM – empresas da presidente Leila Pereira – com o Palmeiras.
O acordo não previu reajuste ou correção nos pagamentos desde o início de 2019, quando a parceria foi renovada e depois em novo contrato, sob os mesmos termos e valores, em julho de 2021.
Um detalhe é que a negociação com a Sportingbet prevê o uso da marca no máster dos times do futebol masculino e feminino profissional.
Trata-se de um contrato único, com valores destinados ao orçamento de ambas as equipes. Não há uma predeterminação de divisão percentual para cada setor.
Atualmente, o Palmeiras recebe cerca de R$ 99,5 milhões na soma do patrocínio máster do masculino e feminino fixos, com uso exclusivo no masculino em todos os espaços do uniforme de Crefisa e FAM.
A mudança será para valor semelhante, mas por um único espaço (central em ambas as camisas), sem exclusividade e por isso com possibilidade de negociar outras áreas.
No masculino, atualmente são R$ 81 milhões por ano, sem correção, para uso de: espaço central, omoplatas, mangas, barra inferior, barra superior e inferior nas costas, calção/shorts e meião, além de espaço no uniforme da base. O contrato pode bater R$ 120 milhões graças a metas por títulos.
O feminino também exibe Crefisa e FAM na omoplata, Palmeiras Pay nas mangas e a Esportes da Sorte como máster na parte central, por R$ 18,5 milhões. O contrato com a casa de apostas termina ao fim deste ano sem desejo de renovação.
E as outras áreas?
Sem exclusividade com o patrocinador master, o Palmeiras negocia outras áreas do uniforme no intuito de atingir a marca mínima de R$ 150 milhões na soma dos valores fixos.
Uma novidade neste quesito é que o clube tem negociado o “combo” de espaço no uniforme masculino e futebol de base, com o intuito de majorar os valores fixos desses outros investidores.
Até porque a Sportingbet, sendo uma casa de apostas, não pode estampar camisas da base. A regulação das apostas esportivas no Brasil proíbe a publicidade de bets nas categorias abaixo da profissional.
As conversas para essas outras áreas do uniforme foram iniciadas, e a presidente Leila Pereira, candidata à reeleição em disputa no domingo com Savério Orlandi, diz querer fechar esses contratos ainda nesta temporada. A BYD é uma das empresas interessadas e em conversas com o clube.