A polícia antiterrorismo do Reino Unido prendeu quatro pessoas em conexão com um protesto pró-palestino que aconteceu na semana passada, disseram autoridades na sexta-feira (27). Aviões militares em uma base aérea na Inglaterra foram pintados com tinta durante os atos.
Uma mulher, de 29 anos, e dois homens, de 36 e 24 anos, foram presos sob suspeita de prática, preparação ou instigação de atos de terrorismo, enquanto outra mulher, de 41 anos, foi presa sob suspeita de auxiliar um criminoso, segundo o comunicado da polícia.
Dois ativistas do grupo Palestine Action invadiram a base aérea de Oxfordshire, no centro da Inglaterra, em 20 de junho, pulverizando tinta vermelha sobre dois aviões usados para reabastecimento e transporte, e danificando-os ainda mais com pés de cabra, um ato que foi condenado pelo primeiro-ministro Keir Starmer como “vergonhoso”.
Poucos dias após o incidente, a ministra do Interior, Yvette Cooper, estabeleceu planos para usar leis antiterrorismo para proibir o grupo, dizendo que suas ações se tornaram mais agressivas e causaram milhões de libras em danos.
A Palestine Action tem como alvo regular sites britânicos conectados à empresa de defesa israelense Elbit Systems ESLT.TA e outras empresas britânicas ligadas a Israel desde o início do conflito em Gaza.
Em resposta às prisões de sexta-feira (27), o grupo de campanha acusou as autoridades de “reprimir protestos não violentos que interrompem o fluxo de armas para Israel durante seu genocídio na Palestina”.
A pena máxima para a preparação de atos terroristas, ou para auxiliar terceiros nessa preparação, no Reino Unido é prisão perpétua. O governo também está revisando a segurança em todas as instalações de defesa.
Israel rejeitou repetidamente as acusações de que está cometendo genocídio na guerra em Gaza, que começou quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro de 2023, matando quase 1.200 pessoas, a maioria civis, e levando outras 251 como reféns para Gaza.
Israel lançou uma campanha militar que matou mais de 56 mil palestinos, a maioria civis, de acordo com autoridades de saúde locais em Gaza.