As contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um superávit de R$ 17,8 bilhões em abril de 2025, informou o Tesouro nesta quinta-feira (29).
O resultado do mês ficou acima da mediana das expectativas do mercado na pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um superávit de R$ 12,2 bilhões.
No ano passado, no mesmo mês, foi registrado um superávit de R$ 11,6 bilhões.
O desempenho do mês é resultado de um aumento real de 5,1% na receita líquida e um aumento real de 2,5% nas despesas totais em comparação com abril de 2024.
Segundo o Tesouro, a elevação nas receitas é decorrente, principalmente, do desempenho das receitas não administradas pela Receita Federal, que apresentaram uma variação positiva de 18,2% (+R$ 5,2 bilhões).
A exploração de recursos naturais registrou um aumento real de 18,1%, equivalente a R$ 2,9 bilhões, favorecido pelo crescimento na produção de petróleo, desvalorização do real e pelos recolhimentos relacionados ao pré-sal.
Entre as despesas, o crescimento foi puxado por benefícios previdenciários (R$ 2 bilhões ou 2,4%) e outras despesas obrigatórias (R$ 1,8 bilhão ou 6,3%).
No acumulado do ano, o resultado do governo central atingiu um superávit primário de R$ 72,4 bilhões, frente a um superávit de R$ 31,8 bilhões no mesmo período de 2024.
A meta de resultado primário para 2025 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 30 bilhões.