Entre os dias 13 e 19 de julho, várias produções audiovisuais colombianas serão exibidas gratuitamente no Cineteatro Guarany, anexo ao Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro. A programação integra a “Mostra de cinema Colombiano 2024”, promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, em parceria com o Consulado da Colômbia. A programação inicia sempre às 18h30 e conta com entrada gratuita.
Sandra Milena Trejos, chefe do Consulado General de Colombia em Manaus, destacou que a Mostra de Cinema Colombiano representa uma grande oportunidade de intercâmbio cultural.
“O público terá a chance de se aproximar das realidades colombianas através de diversas histórias e paisagens. É também uma oportunidade de encontro e reflexão sobre os pré-conceitos identitários e a ética social”, declarou a cônsul Sandra Milena Trejos.
Segundo Trejos, cada um desses filmes faz parte de uma seleção premiada no âmbito nacional pela importância no reconhecimento das diversas populações que foram historicamente excluídas.
“É uma mostra do potencial e da qualidade do cinema contemporâneo que vem sendo construído na Colômbia nos últimos anos. As histórias retratadas nesses filmes são inspiradoras e fazem referência à importância da arte na construção da paz, da justiça e da dignidade”, diz. Para ela, o cinema é parte de como contamos a história e o que queremos como sociedade.
Confira a programação
Neste sábado (13/07), às 18h30, o palco do Cineteatro recebe a abertura da “Mostra de cinema colombiano 2024”. Na ocasião, será exibido o documentário “Bakaçxtepkaçx – Hasta Siempre”, com direção de Javier Guáqueta. Com classificação indicativa de 14 anos.
Sinopse: Um ataque a um líder social, um corpo mutilado, dois olhos arrancados na luta indígena, uma mão robótica, uma prótese, uma bengala e um celular, um migrante tentando se adaptar a um lugar distante de seu território. Nem tudo nesta história pode ser listado, porém, as sensações, pensamentos e experiências de Daniel Álvarez podem ser compiladas e retratadas.
O documentário nos mostra por meio de uma narrativa experimental a sua vida atual, o seu processo político e a forma como enxerga o mundo, a Colômbia e o movimento indígena colombiano.
Na terça-feira (16/07), às 18h30, será exibido o documentário “Cuando Las Aguas se Juntan: Una Historia de Mujeres y Paz”, com direção de Margarita Martínez. Com classificação livre.
Sinopse: É a história de um grupo de mulheres que sofrem com a guerra, mas que se atrevem a construir a paz. Contra todos os tipos de obstáculos, enfrentam agentes armados, ganharam processos judiciais sem precedentes de violência sexual, desafiaram a economia da cocaína e ouviram e abraçaram-se mutuamente para curar a dor que a guerra lhes deixou. Estas mulheres, tal como os pequenos rios que se unem para formar o grande Amazonas, abriram um canal para uma nova política centrada no ser humano, na solidariedade e no amor, algo banal num mundo de homens, mas possível num mundo onde as mulheres têm voz.
Na quarta-feira (17/07), às 18h30, será exibido um filme do gênero drama, intitulado “Una Madre”, com direção de Diógenes Cuevas. Com classificação livre.
Sinopse: Após a morte de seu pai, Alejandro decide resgatar sua mãe. Ela está num asilo rural, e ele acredita que ela foi presa injustamente. Agora, acompanhado desta bela mulher, Alejandro embarca numa longa e penosa viagem, os dois, sozinhos, serão desafiados emocional e fisicamente enquanto atravessam as inóspitas montanhas de Antioquia em uma jornada de amor e loucura.
Na quinta-feira (18/07), às 18h30, será exibido o documentário “Alis”, com direção de Clare Weiskopf e Nicolas Van Hemelryck. Com classificação livre.
Sinopse: Em um abrigo para adolescentes na Colômbia, os diretores Clare Weiskopf e Nicolas Van Hemelryck (Amazona) pedem a um grupo de jovens que fechem os olhos e imaginem a história de uma colega fictícia chamada Alis. Assim como elas, a história de Alis começa nas ruas de Bogotá. Alis se torna uma tela em branco, uma projeção de suas experiências e dos seres passados. Com lentes sensíveis e compassivas, os diretores mostram como a ficção inicial das meninas começa a se relacionar com a realidade e, como a distância, brinda para elas um momento para se afastarem de si mesmas e verem suas próprias experiências de uma perspectiva diferente.
Na sexta-feira (19/07), às 18h30, será exibido o documentário “Señorita María, La Falda de La Montaña”, com direção de Rubén Mendoza. Com classificação livre.
Sinopse: Boavita é uma aldeia camponesa, conservadora e católica, aninhada nos Andes e parada no tempo: no sopé das suas montanhas vive a senhora Maria Luísa. Tem 45 anos e nasceu menino. O que parecia ser apenas mais uma vida envolta em conflitos de gênero e identidade, esconde uma história familiar sombria, marinada em ódio desde as suas raízes mais profundas, e cujo bode expiatório é a Senhora, desde antes de ela pôr os pés neste mundo.