O paraibano Petrúcio Ferreira, de 27 anos, conquistou nesta sexta-feira, 30, sua sexta medalha paralímpica, a terceira de ouro, ao vencer os 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo. Ele terminou com o tempo de 10s68. O americano Korban Best levou a prata com 10s75 e o marroquino Aymane El Haddaoui o bronze, com 10s75.
Petrúcio já havia ganhado o ouro nesta prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 e do Rio-2016. Além disso, ele também ganhou o bronze nos 400m classe T47 em Tóquio e a prata, no Rio. Por equipes, Petrúcio conquistou ainda a prata em 2016, nos 4x100m.
“Sou muito grato por tudo isso, agradeço quem acredita no meu trabalho. Esse ano eu venho sofrendo muito, briga interna com meu corpo, muitas lesões, me machucando muito, muita cobrança, eu me cobro muito. Isso aqui é só diversão para mim”, contou Petrúcio.
O carioca Washington Júnior terminou em quinto lugar com o tempo de 10s86 e o paulista Lucas Sousa Pereira dividiu a sexta posição com o cubano Raciel Isidoria, ambos com 10s93.
História
Natural de São josé do Brejo da Cruz, aos 2 anos Petrúcio sofreu um acidente com uma máquina de moer capim e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. O paraibano gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido, e a velocidade chamou a atenção de um treinador.
Atletismo em Paris
Mais cedo, o atletismo do Brasil ganhou outras duas medalhas em uma dobradinha com o paulista Júlio César Agripino (ouro) e o sul-matogrossense Yeltsin Jacques (bronze) na prova dos 5000m na classe T11 (deficientes visuais).