O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que iria pressionar a União Europeia para uma possível proibição de redes sociais para jovens menores de 15 anos, após um esfaqueamento que aconteceu em uma escola em Nogent, no leste do país.
Macron afirmou em uma entrevista na terça-feira (10) que esperava ver resultados nos próximos meses. “Se isso não funcionar, começaremos a fazer isso na França. Não podemos esperar”, destacou à emissora France 2, horas depois do ataque.
Porém, o porta-voz da Comissão Europeia, Thomas Regnier, disse nesta quarta-feira (11) que a UE não está caminhando para impor essa proibição, e que cabe aos Estados-membro definir um limite de idade para a utilização das redes sociais.
“Compartilhamos as mesmas preocupações levantadas pelos Estados-membro da UE e pelos pais”, pontuou Regnier, acrescentando que o bloco apresentará um projeto-piloto para uma ferramenta de verificação de idade, que será lançado em julho.
Rede social é fator responsável pela violência entre jovens, diz Macron

A polícia interrogou um estudante de 14 anos na terça-feira (10) após uma assistente escolar de 31 anos ser esfaqueada.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, disse ao Parlamento que esse não é um caso isolado. Já Macron declarou que as mídias sociais são um dos fatores responsáveis pela violência entre os jovens.
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Após a entrevista para o France 2, o presidente francês escreveu que essa regulamentação é apoiada por especialistas. “As plataformas têm a capacidade de verificar a idade”.
No ano passado, a Austrália aprovou a proibição das redes sociais para menores de 16 anos após um debate público, estabelecendo um padrão para jurisdições em todo o mundo com uma das regulamentações mais rígidas voltadas para as grandes empresas de tecnologia.
Embora a maioria das redes sociais não permita que menores de 13 anos usem suas plataformas, um relatório do órgão regulador de segurança online da Austrália constatou que as crianças contornam facilmente essas restrições.