O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) do Rio de Janeiro ocupou, nesta quarta-feira (9), o Shopping Leblon, localizado na zona sul da capital fluminense.
Segundo a organização do ato, a manifestação foi pacífica e realizada simbolicamente com o intuito de “escancarar o abismo social entre os espaços de luxo e as periferias abandonadas pelo poder público”. Nos cartazes de protesto, liam-se pedidos de “taxação dos bilionários, bancos e bets”.
A organização do Shopping Leblon descreveu a ação como “pacífica e breve, sem nenhum impacto à operação”.
“A classe trabalhadora paga imposto em tudo. Já os bilionários, os bancos e as casas de aposta seguem lucrando sem devolver nada ao povo. O Brasil precisa virar esse jogo: quem tem muito tem que pagar mais”, afirmou o MTST
“A cidade do Rio de Janeiro é marcada por contrastes violentos. Enquanto famílias lutam para pagar aluguel e comida, uma minoria ostenta privilégios em shoppings de luxo. A taxação dos super-ricos é uma medida urgente de justiça fiscal e reparação histórica”, reforçou o movimento.

Além da taxação dos chamados super-ricos, o movimento também pediu pelo fim da escala de trabalho 6×1 e saiu em defesa da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
A manifestação ocorre na véspera do “Ato Nacional pela Taxação dos Super-Ricos”, que acontece em diversas capitais do país e vem mobilizando uma série de grupos e porta-vozes da esquerda.
Na última quinta-feira (3), ativistas da Frente Povo Sem Medo ocuparam o prédio Faria Lima 3500, sede do Itaú BBA, defendendo as mesmas pautas.
As ações acompanham um contexto de acirramento entre os poderes Executivo e Legislativo em torno do cenário fiscal, após o governo tentar elevar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) via decreto, que foi posteriormente derrubado pelo Congresso.
A gestão Lula e seus aliados defendem que a medida visava, além da arrecadação, promover justiça tributária.