Manaus (AM) – Moradores do beco Altamira, bairro Colônia Santo Antônio, convivem com o medo de suas casas desabarem após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Manaus nos últimos dias. Acontece que um barranco está desmoronando e comprometendo estruturas de residências no local.
A moradora Clotilde Esquerdo, de 61 anos, conta como está passando as noites com o medo de uma tragédia acontecer e ela, junto com a sua família, não puderem se salvar, como aconteceu com as vítimas no bairro Jorge Teixeira, no último domingo (12).
“Na realidade nós estamos sem dormir desde o domingo. A Defesa Civil veio aqui e disseram simplesmente que precisaríamos sair, porque aqui é alto risco […] mas eis a questão: para onde é que vamos? Com que dinheiro?”,
perguntou a moradora.
O representante do bairro Jailson Ribeiro, contou à equipe do Vanguarda do Norte que está correndo atrás de recursos para remanejar os moradores, uma vez que, essa resposta não foi dada para a maioria deles e assim, ficam na incerteza de buscar abrigo.
“A gente busca agora recursos para tirar os moradores desse local, por conta do alto risco, de tudo aqui desabar. Há famílias que quando chove, já ficam na frente das casas com medo e esperando o pior. Gostaria muito de ter uma resposta mais precisa do poder público sobre o que os moradores daqui vão fazer”,
disse ele.
Ainda de acordo com o representante comunitário, um engenheiro da Defesa Civil deveria voltar até o beco Altamira nesta terça-feira (14), mas isso não aconteceu e os mesmo ficam à mercê do perigo que se anuncia devido às intensas chuvas na região.
LEIA TAMBÉM: Viver em área de risco não é uma escolha, diz especialista
Moradores saem de casa
Preocupados com o avanço do problema e percebendo as rachaduras em diversas residências, alguns populares já decidiram deixar o local e hoje ocupam casas de parentes e até mesmo de pessoas conhecidas em busca de abrigo e proteção.
Uma moradora, que preferiu não se identificar, disse que ela mandou os filhos dormirem na casa de vizinhos, onde ela sente que eles possam estar seguros.
“Eu mando meu filhos dormirem ali para casa de uma vizinha. Assim eu fico um pouco mais sossegada e com menos medo de um desabamento na hora da chuva. Pelo menos a gente consegue se salvar”,
afirmou.
União na comunidade
Na área em que o barranco está desmoronando, alguns moradores já cortaram árvores e retiraram entulhos para resguardar a residência de vizinhos, caso a terra volte a ceder.
Enquanto eles ainda não têm uma resposta mais precisa sobre o que fazer mediante aos problemas citados nessa matéria, ambos tendem a viver com o temor de uma nova tragédia, que visivelmente, está sendo anunciada.
Leia mais:
- Sepror entrega 15 toneladas de alimentos do PAA para seis entidades em Manaus
- STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid
- Evento internacional promove debate sobre território, gênero e sustentabilidade
- Operação Hagnos: PC-AM e PMAM prendem homem por satisfação de lascívia na presença da sobrinha de 7 anos
- Seap e UEA promovem ressocialização com o projeto ‘Teatro Arbítrio’ nas unidades prisionais