O Governador Wilson Lima anunciou, nesta terça-feira (8), a divulgação do Edital de Chamamento Público do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vigência 2023/2024, com aproximadamente R$ 8,5 milhões em recursos, oriundos do Governo Federal. O programa tem como foco a agricultura familiar e deve beneficiar 750 produtores.
“O nosso governo tem dado condições aos nossos produtores, porque fortalecer o setor primário é buscar alternativas econômicas, é incentivar a geração de emprego e renda. Ao destinar esses alimentos para as instituições da rede de assistência social que atuam no estado, nós estamos garantindo a segurança alimentar de quem é atendido por essas entidades”, afirma o governador do Amazonas, Wilson Lima.
O PAA, por meio da modalidade “Compra com Doação Simultânea”, atua na compra de alimento diretamente do pequeno agricultor. Além disso, valoriza e estimula a atividade da agricultura familiar, com geração de emprego e renda no campo.
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Ao destinar esses alimentos aos beneficiários consumidores, o programa contribui para o abastecimento das entidades socioassistenciais, possibilitando a aquisição de alimentos in natura ou processados da produção familiar local, enriquecendo os cardápios.
O programa possui um limite de compra individual, por produtor, no valor de R$ 15 mil, via Termo de Adesão. No Amazonas, o programa federal é executado pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). Os 62 municípios do Amazonas serão contemplados, com previsão de 150 entidades cadastradas da rede socioassistencial, beneficiando 120 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, afirma que a estimativa é adquirir mais de 1,7 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar de produtores rurais dos 62 municípios, buscando interiorização do desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e oportunidades na zona rural do Amazonas.
“São cerca de 120 mil pessoas cadastradas nas redes socioassistenciais que receberão esses alimentos da agricultura familiar. O PAA garante a segurança alimentar daquelas pessoas em vulnerabilidade social. Além de injetar o recurso na economia do interior da zona rural. Essa tem sido a determinação do governador Wilson Lima”, disse Petrucio.
A modalidade é executada com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, através de Termo de Adesão Estadual, que todos os meses valida as notas fiscais e realiza o pagamento aos agricultores que recebem por meio de cartão bancário próprio do PAA.
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Orgânicos Renascer de Careiro da Várzea (APORCV), Jorge Luiz, que participou da solenidade de lançamento do edital do PAA, a iniciativa vai gerar mais renda aos produtores rurais do interior.
“Nós que somos produtores, sabemos que podemos contar com o apoio do governo, pois temos a certeza da compra do nosso produto para então fazer a doação desse alimento às entidades. É muito gratificante saber que nossos produtos chegarão à mesa daqueles que mais precisam”, finaliza Jorge.
Como participar
O processo se inicia com a manifestação formal do ente (município ou estado) sobre seu interesse em aderir ao programa. A partir da formalização da adesão e da pactuação de recursos, o ente inicia a execução do programa em sua localidade, registrando a compra dos produtos dos agricultores familiares e destinando os alimentos para as entidades beneficiadas.
Os agricultores familiares terão 30 dias, a partir do lançamento, para apresentar propostas de fornecimento de gêneros alimentícios da agricultura familiar.
Podem participar
Os beneficiários são fornecedores que comercializam alimentos para o programa, agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou pertencentes a povos e comunidades tradicionais, conforme Lei nº 11.326/2006, que detenham a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) física e Cadastro do Agricultor Familiar (CAF).
São priorizados agricultores familiares inscritos no Cadastro Único, mulheres, produtores orgânicos ou agroecológicos, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária.
Também integram os beneficiários, consumidores que recebem a doação de alimentos do programa, população atendida por entidades da rede socioassistencial, tais como: Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializados para população em situação de rua (Centros POP).
Também quipamentos que oferecem o serviço de acolhimento e entidades de assistência social, equipamentos de alimentação e nutrição, como cozinhas solidárias, restaurantes comunitários, cozinhas de unidades da rede pública e filantrópica de ensino, dentre outras entidades públicas, que sirvam refeições regularmente, e entidades da rede pública de ensino, saúde e justiça.
*Com informações da assessoria