Um suspeito de matar o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi morto em confronto com a polícia na manhã desta terça-feira (30) no Paraná.
A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e o delegado-geral de Polícia Civil, Artur Dian. Segundo as autoridades, o suspeito identificado como Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, foi apontado como o possível atirador do crime contra Ruy Fontes.
Umberto era considerado suspeito por ter suas impressões digitais localizadas em um imóvel em Mongaguá, próximo à Praia Grande, utilizado como base de apoio pela organização criminosa.Play Video

Ele já estava entre os oito identificados pela Força-Tarefa dos órgãos de segurança pública de São Paulo por envolvimento no crime. Até o momento, quatro suspeitos foram presos.
Segundo Artur Dian, o suspeito, que já era alvo de mandado de prisão, havia fugido para o Paraná. Por isso, policiais de diversas delegacias foram até o estado paranaense no último sábado para prender Humberto.
No momento da abordagem para a prisão, o indivíduo teria reagido e entrado em confronto a tiros com os policiais paulistas, que contavam com o apoio da Polícia Civil do Paraná.
Durante o tiroteio, o suspeito foi morto. Segundo Derrite e Dian, os policiais não ficaram feridos.
Execução de ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes foi executado no dia 15 de setembro em uma emboscada. O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade e o capotamento do carro do delegado. Criminosos efetuaram mais de 20 disparos de fuzil contra ele.
Após a execução, os carros utilizados pelos criminosos, que eram roubados, foram abandonados e um deles incendiado, na tentativa de apagar vestígios.
A análise inicial da ação criminosa revela um planejamento meticuloso e o conhecimento técnico dos executores, que perseguiram Fontes antes de desferir mais de 20 tiros de fuzil.
Prisões e foragidos
Até o momento, foram presos:
- Dahesly Oliveira Pires: Presa por suspeita de transportar um fuzil de Praia Grande (SP) para Diadema (SP). Ela recebeu o pagamento via Pix de uma conta ligada a Luiz Antônio;
- Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”: Traficante e membro do PCC, preso por suspeita de participação na logística do crime, mas não como executor direto;
- Rafael Marcell Dias Simões: Identificado como o sexto envolvido, atua em uma facção criminosa na Baixada Santista e foi preso em São Vicente (SP);
- William Silva Marques: Dono do imóvel em Praia Grande que teria sido usado pelos criminosos e onde Dahesly buscou o fuzil. Ele foi preso na manhã de sábado (20).
Permanecem foragidos e com prisão temporária decretada: Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, o “Mascherano”, acusado de atuar como “Disciplina” no PCC, investigados pela execução direta. Além de Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, suspeito de organizar o transporte da arma e de dirigir o carro usado no crime.
Descobertas
Os carros utilizados pelos criminosos (uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade) foram roubados na capital paulista.
Após a execução do ex-delegado, a Hilux foi incendiada após o crime para eliminar vestígios. O Renegade foi abandonado com o contato ligado, e exames periciais realizados neste veículo levaram à identificação dos executores.
Os investigadores encontraram carregadores de fuzil, cápsulas deflagradas e carregador de pistola, próximos ao Renegade abandonado.