De acordo com apoiadores de Bolsonaro, após a previsível decisão do Tribunal Superior Eleitoral de declarar a inelegibilidade do ex-presidente, espera-se que ele seja alvo de indiciamento pela Polícia Federal e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às investigações e inquéritos em curso nas duas instituições.
“O TSE é só o começo. Não vai parar por aí. A PF vai indiciar o Bolsonaro e o STF vai condená-lo”, avalia um interlocutor do ex-presidente, que não teve o nome divulgado.
Segundo esse auxiliar, o principal responsável é o próprio ex-presidente, que gerou provas contra ele mesmo durante o ano passado.
No ano passado, Bolsonaro recebeu conselhos de ministros para ser mais cauteloso e evitar confrontos diretos com o STF, além de abandonar a estratégia de desacreditar as urnas eletrônicas.
De acordo com ex-ministros, ele ultrapassou os limites da legalidade porque acreditava em sua reeleição.
Posteriormente, mesmo após perder a eleição, ele continuou ameaçando não aceitar o resultado eleitoral. No entanto, ele não recebeu o apoio das Forças Armadas, como mencionado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid em conversas com o coronel Jean Lawand Junior.
Diante desse cenário, os aliados de Bolsonaro não acreditam em uma reversão da perda de seus direitos políticos, o que o impediria de concorrer nas eleições de 2026.
Agora, o ex-presidente atuará como um cabo eleitoral da direita e extrema-direita, tentando retratar-se como vítima de perseguição política por parte do Judiciário.
*Com informações do G1
Edição: Hector Santana