AMAZONAS – Nesta terça-feira (26/03), o restaurante popular do programa Prato Cheio, localizado no município de Presidente Figueiredo (a 117 km de Manaus), promoveu um curso profissionalizante de panificação para os frequentadores do local. O curso contou com a participação de uma turma composta por 20 pessoas, entre homens e mulheres.
Ao fim do curso, todos os participantes receberam um certificado. O objetivo é estimular o empreendedorismo e preparar os usuários para o mercado de trabalho. A ideia surgiu a partir da observação feita pela equipe que atua na unidade, de acordo com Eliane Valéria, nutricionista do restaurante e responsável pelo curso.
Prato cheio e ação social
“Maioria dos usuários está em situação de vulnerabilidade e sem emprego. Os pães são consumidos todos os dias, dos mais variados tipos. São ingredientes de fácil acesso e baixo custo, que trazem uma renda para quem faz. É uma forma que encontramos de estimular o empreendedorismo e qualificar para o mercado de trabalho”, avaliou.
Entre as receitas ensinadas estão o pão de leite, pão de linhaça, pão de uva passas, pão de coco e pão de castanha. Um grande leque de possibilidades para a confeiteira Maridione Castro, de 51 anos, que participou do curso em busca de adquirir mais conhecimento.
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“Conhecimento nunca é demais e eu estou sempre em busca de aprendizado. Esse curso é a chance que muitas pessoas têm de adentrar no mercado ou começar seus negócios, melhorar de vida, então é só vantagem”, disse.
Esse é o segundo curso profissionalizante em uma unidade do programa no interior. Em fevereiro deste ano, o restaurante popular de Manacapuru promoveu um curso básico de confeitaria para os usuários da unidade. A iniciativa deve se estender às outras 24 unidades presentes no interior do Amazonas.
De acordo com a gerente do Prato Cheio no interior do estado, Monik Araújo, a qualificação garante a ampliação de conhecimento aos clientes do restaurante popular, além de incentivar o empreendedorismo e a geração de renda, fazendo com que muitos saiam da condição de vulnerabilidade.
“O Prato Cheio vai muito além de oferecer refeições e garantir a segurança alimentar. Também buscamos desenvolver a economia do município e dos usuários para que saiam da condição de vulnerabilidade. Fornecemos o alimento, mas também incentivamos o desenvolvimento das pessoas que frequentam as unidades”, afirmou.
Restaurantes e cozinhas
O programa é dividido em dois serviços distintos: os restaurantes populares, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 11 às 13h, com refeições no valor simbólico de R$ 1; e as cozinhas populares, nas quais a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro de alimento, de segunda a sábado, também das 11h às 13h. Os cardápios são preparados por nutricionistas e variam de acordo com o dia da semana.