O Hezbollah assumiu “responsabilidade total” por um ataque com drone que teve como alvo a casa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na cidade de Cesareia, em Israel, no sábado (19).
As autoridades israelenses confirmaram nesta terça-feira (22) que o drone realmente atingiu a residência.
“A Resistência Islâmica assume total e exclusivamente a responsabilidade pela operação na Cesareia e pelo ataque contra a casa de Netanyahu”, anunciou o chefe de relações com a mídia do Hezbollah, Mohammad Afif, em um comunicado nesta terça.
“Se ainda não chegamos até você, saiba que entre nós e você estão os dias, as noites e o campo de batalha”, alertou.
O porta-voz do primeiro-ministro de Israel confirmou o ataque no sábado, destacando que Netanyahu e a esposa não estavam no local no momento. O premiê respondeu que os “agentes do Irã” por trás da ação pagariam pelo ato.
No domingo (20), o Irã negou envolvimento no ataque de drones, afirmando que a operação foi “realizada pelo Hezbollah”.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
Fonte: CNN.